sábado, 28 de junho de 2008

Aflição Vazia



Aflição Vazia



Ante as dificuldades do cotidiano, exerçamos a paciência, não apenas em auxílio aos outros, mas igualmente a favor de nós mesmos.

Desejamos referir-nos, sobretudo, ao sofrimento inútil da tensão mental que nos inclina à enfermidade e nos aniquila valiosas oportunidades de serviço.

No passado e no presente, instrutores do espírito e médicos do corpo combatem a ansiedade como sendo um dos piores corrosivos da alma. De nossa parte, é justo colaboremos com eles, a benefício próprio, imunizando-nos contra essa nuvem da imaginação que nos atormenta sem proveito, ameaçando-nos a organização emotiva.

Aceitemos a hora difícil com a paz do aluno honesto, que deu o melhor de si, no estudo da lição, de modo a comparecer diante da prova, evidenciando consciência tranquila.

Se o nosso caminho tem as marcas do dever cumprido, a inquietação nos visita a casa íntima na condição do malfeitor decidido a subvertê-la ou dilapidá-la; e assim como é forçoso defender a atmosfera do lar contra a invasão de agentes destrutivos, é forçoso defender a atmosfera do lar contra a invasão de agentes destrutivos, é indispensável policiar o âmbito de nossos pensamentos, assegurando-lhes a serenidade necessária...

Tensão à face de possíveis acontecimentos lamentáveis é facilitar-lhes a eclosão, de vez que a idéia voltada para o mal é contribuição para que o mal aconteça; e tensão à frente de sucessos menos felizes é dificultar a ação regenerativa do bem, necessário ao reajuste das energias que desastres ou erros hajam desperdiçado.

Analisemos desapaixonadamente os prejuízos que as nossas preocupações injustificáveis causam aos outros e a nós mesmos, e evitemos semelhante desgaste empregando em trabalho nobilitante os minutos ou as horas que, muita vez, inadvertidamente, reservamos à aflição vazia.

Lembremo-nos de que as Leis Divinas, através dos processos de ação visível e invisível da natureza, a todos nos tratam em bases de equilíbrio, entregando-nos a elas, entre as necessidade do aperfeiçoamento e os desafios do progresso, com a lógica de quem sabe que tensão não substitui esforço construtivo, ante os problemas naturais do caminho. E façamos isso, não apenas por amor aos que nos cercam, mas também a fim de proteger-nos contra a hora da ansiedade que nasce e cresce de nossa invigilância para asfixiar-nos a alma ou arrasar-nos o tempo sem qualquer razão de ser.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Encontro marcado. Ditado pelo Espírito Emmanuel.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Dai-me alguém para amar



Senhor,

Quando eu tiver fome, dai-me alguém que necessite de comida,
Quando tiver sede, dai-me alguém que precise de água,
Quando sentir frio, dai-me alguém que necessite de calor.
Quando tiver um aborrecimento, dai-me alguém que necessite de consolo,
Quando minha cruz parecer pesada, dai-me compartilhar a cruz do outro,
Quando me achar pobre, ponde ao meu lado alguém necessitado.
Quando não tiver tempo, dai-me alguém que precise de algum dos meus minutos,
Quando sofrer humilhação, dai-me ocasião para elogiar alguém,
Quando estiver desanimada, dai-me alguém para lhe dar novo ânimo.
Quando sentir necessidade da compreensão dos outros, dai-me alguém que necessite da minha,
Quando sentir necessidade de que cuidem de mim, dai-me alguém que eu tenha de atender,
Quando pensar em mim mesma, voltai minha atenção para outra pessoa.
Tornai-nos dignos, Senhor, de servir nossos irmãos que vivem e morrem pobres e com fome no mundo de hoje.
Dai-lhes, através de nossas mãos, o pão de cada dia, e dai-lhes, graças ao nosso amor compassivo, a paz e a alegria.

Madre Teresa de Calcutá
A "Santa dos pobres"
Faleceu aos 07/09/1997
Foi introduzida sua causa de Beatificação


Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.

Os olhos



Notável criatura são os olhos!
Admirável instrumento da natureza; prodigioso artifício da Providência!
Eles são a primeira origem da culpa; eles a primeira fonte da Graça.
São os olhos duas víboras, metidas em duas covas, e que a tentação pôs o veneno,
e a contrição a triaga.
São duas setas com que o Demónio se arma para nos ferir e perder;
e são dois escudos com que Deus depois de feridos nos repara para nos salvar.
Todos os sentidos do homem têm um só ofício; só os olhos têm dois.
O Ouvido ouve, o Gosto gosta, o Olfacto cheira, o Tacto apalpa,
só os olhos têm dois ofícios: Ver e Chorar.
Estes serão os dois pólos do nosso discurso.
Ninguém haverá (se tem entendimento) que não deseje saber por que ajuntou a Natureza no mesmo instrumento as lágrimas e a vista;
e por que uniu a mesma potência o ofício de chorar, e o de ver?
O ver é a acção mais alegre; o chorar a mais triste.
Sem ver, como dizia Tobias, não há gosto, porque o sabor de todos os gostos é o ver; pelo contrário, o chorar é o estilado da dor, o sangue da alma,
a tinta do coração, o fel da vida, o líquido do sentimento.
Por que ajuntou logo a natureza nos mesmos olhos dois efeitos tão contrários,
ver e chorar?
A razão e a experiência é esta.
Ajuntou a Natureza a vista e as lágrimas,
porque as lágrimas são consequência da vista;
ajuntou a Providência o chorar com o ver, porque o ver é a causa do chorar.
Sabeis porque choram os olhos?
Porque vêem.



Padre António Vieira, in "Sermões"

sexta-feira, 6 de junho de 2008

A Fé...


A fé comove o interior do espirito. Toca fundo, transforma, edifica, esclarece. A luz divina e o amor puro, captados pela fé, removem as impurezas da alma e nela injetam claridades e valores novos. Mesmo com esforço, busque as vibrações espirituais e conscientize-se da santificada energia que está instalada no âmago de você. Transforme-se pela vibração es piritual. Você nunca é o mesmo de pois de um contato com Deus.

*Partes de mensagens do livro Sementes de Felicidade - Lourival Lopes"