quinta-feira, 31 de julho de 2008

Viva Zen

No livro lançado pela Publifolha, a autora Monja Coen ensina as pessoas a se
conhecerem primeiro para depois tomarem consciência do seu papel na sociedade

O maior desejo da humanidade é melhorar as condições sócio, política e econômica do mundo. Nos ensinamentos da Monja Coen Sensei, autora do livro “Viva Zen – reflexões sobre o instante e o caminho”, lançado pela Publifolha, o primeiro passo para se chegar a esse ideal é o auto-conhecimento.

O livro é dividido em duas partes. Na primeira “O instante” -, Monja Coen escreve sobre assuntos do dia-a-dia, passando por temas delicados como indecisão, medo, violência, impaciência, infelicidade e até medo da morte. Na segunda parte – “O Caminho” -, a autora reconta antigas histórias zen-budistas que se passam na Índia, na China e no Japão, e que mostram o caminho da simplicidade.

Monja Coen é missionária oficial da tradição Soto Hu Zen-budismo, com sede no Japão, tendo sido também a primeira mulher – e a primeira pessoa de origem não-japonesa – a presidir a Federação das Seitas Budistas do Brasil, entre 1997 e 1998. Em tudo o que faz, procura seguir os ensinamentos de Sidharta Gautama, o Buda. Para a monja, precisamos aprender a viver “sem aceitar injustiças, malvadezas, falsidades; temos de nos transformar no bem, na paz, na amizade”.

INDIVIDUALISMO




Em contacto com os ideais da Revelação Nova, o homem, sentindo dilatar-se-lhe naturalmente a visão, começa a perceber, com mais amplitude, os problemas que o cercam.

Aguça-se-lhe a sensibilidade, intensifica-se-lhe a capacidade de amar. Converte-se-lhe o coração em profundo estuário espiritual, em que todas as dores humanas encontram eco.

Por isso mesmo, acentuam-se-lhe os sofrimentos, de vez que as suas aspirações não surpreendem qualquer sintonia nos planos inferiores em que ainda respira.

Desejaria o aprendiz acompanhar-se por todos aqueles que ama, na caminhada para a vida superior, entretanto, à medida que se adianta em conhecimentos e se sutiliza em sensações, reconhece quase sempre que os amados se fazem dele mais distantes.

Aqui, é a companheira que persevera em rumo diferente, além, é o coração paternal que, por afetividade mal dirigida, dificulta a ascensão para a luz... Ontem, era um filho a golpear-lhe as fibras mais íntimas; hoje, é um amigo que deserta...

Se o discípulo não se rende à perturbação e ao desânimo, gradativamente começa a compreender que está sozinho, em si mesmo, para aprender e ajudar, entendendo, outrossim, que na boa-vontade e no sacrifício adquire valores eternos para si próprio.

Quanto mais cede a favor de todos, mais é compensado pela Lei Divina que o enriquece de força e alegria no grande silêncio.

Na marcha diária, chega à conclusão de que o individualismo ajustado aos princípios inelutáveis do bem é a base do engrandecimento da coletividade. Reconhece que o espírito foi criado para viver em comunhão com os semelhantes, que é a unidade de um todo em processo de aperfeiçoamento e que não pode fugir, sem dano, à cooperação, mas, à maneira da árvore no reino vegetal, precisa crescer e auxiliar com eficiência para garantir a estabilidade do campo e fazer-se respeitável.

Ninguém vive só, mas chega sempre um momento para a alma em que é imprescindível saber lutar em solidão para viver bem.

Para valorizar o celeiro e enriquecer a mesa, a semente descansa entre milhões de outras que com ela se identificam; todavia, quando chamada a produzir com a vida para o conforto geral, deve aprender a estar isolada no seio frio da terra, desvencilhando-se dos envoltórios inferiores, como se estivesse reduzida a lodo e morte, a fim de estender novos ramos e elevar-se para o Sol.

Sem o indivíduo forte e sábio, a multidão agitar-se-á sempre entre a ignorância e a miséria. Esforço e melhoria da unidade, para o progresso e sublimação do todo, é uma lei.

- A navegação a vapor, atualmente, é patrimônio geral, mas devemo-la ao trabalho de Fulton.
- A imprensa de hoje é força direcional de primeira ordem, contudo, não podemos olvidar o devotamento de Gutenberg, que lhe amparou os passos iniciantes.
- A luz elétrica, nos dias que passam, é questão resolvida, no entanto, a Edison coube a honra de sofrer para que semelhante bênção desintegrasse as noites do mundo.
- A locomotiva, agora, é máquina vulgar, mas no princípio dela temos a dedicação de Stephenson.
- Na Terra, surgira Newton, invariável, à frente de todos os conhecimentos alusivos à gravitação universal e o nome de Marconi jamais será apagado na base das comunicações sem fio.

Cada flor irradia perfume característico.
Cada estrela possui brilho próprio.
Cada um de nós é portador de determinada missão.

O Espiritismo, confirmando o Evangelho, vem amparar os homens e convidar o homem a aprimorar-se e engrandecer-se, consoante a sabedoria da Lei que determina: "a cada um, segundo as suas obras".

EMMANUEL
(Do livro "Roteiro", 33, F. C. Xavier, FEB)

terça-feira, 29 de julho de 2008

Fome



"Temos de ir à procura das pessoas,

porque podem ter fome de pão ou de amizade. "

( Madre Teresa de Calcutá )

terça-feira, 22 de julho de 2008

A Lei do Amor



O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; extingue as misérias sociais. Ditoso aquele que, ultrapassando a sua humanidade, ama com amplo amor os seus irmãos em sofrimento! ditoso aquele que ama, pois não conhece a miséria da alma, nem a do corpo. Tem ligeiros os pés e vive como que transportado, fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou a divina palavra -amor, os povos sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.

O Espiritismo a seu turno vem pronunciar uma segunda palavra do alfabeto divino. Estai atentos, pois que essa palavra ergue a lápide dos túmulos vazios, e a reencarnação, triunfando da morte, revela às criaturas deslumbradas o seu patrimônio intelectual. Já não é ao suplício que ela conduz o homem: condu-lo à conquista do seu ser, elevado e transfigurado. O sangue resgatou o Espírito e o Espírito tem hoje que resgatar da matéria o homem.

Disse eu que em seus começos o homem só instintos possuía. Mais próximo, portanto, ainda se acha do ponto de partida, do que da meta, aquele em quem predominam os instintos. A fim de avançar para a meta, tem a criatura que vencer os instintos, em proveito dos sentimentos, isto é, que aperfeiçoar estes últimos, sufocando os germes latentes da matéria. Os instintos são a germinação e os embriões do sentimento; trazem consigo o progresso, como a glande encerra em si o carvalho, e os seres menos adiantados são os que, emergindo pouco a pouco de suas crisálidas, se conservam escravizados aos instintos. O Espírito precisa ser cultivado, como um campo. Toda a riqueza futura depende do labor atual, que vos granjeará muito mais do que bens terrenos: a elevação gloriosa. E então que, compreendendo a lei de amor que liga todos os seres, buscareis nela os gozos suavíssimos da alma, prelúdios das alegrias celestes. - Lázaro. (Paris, 1862.)

* * *

Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Reflexão



Depois de algum tempo você percebe a diferença,
a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.

E aprende que amar não significa apoiar-se,
e que companhia nem sempre significa segurança.

E começa a aprender que beijos não são contratos e
presentes não são promessas.

Começa a aprender que não se deve comparar com os outros,
mas com o melhor que pode ser.

Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante,
com a graça de um adulto
e não com a tristeza de uma criança.

Aprende que verdadeiras amizades continuam
a crescer mesmo a longas distâncias.

Descobre que se leva muito tempo para se
tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.

Aprende que, ou você controla seus atos,
ou eles o controlarão,
e que ser flexível não significa ser fraco ou
não ter personalidade, pois não importa
quão delicada e frágil seja uma situação,
sempre existem dois lados.

Aprende que paciência requer muita prática.

Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera
que o chute quando você cai é uma das poucas
que o ajudam a levantar-se.

Aprende que nunca se deve dizer a uma criança
que sonhos são bobagens,
poucas coisas são tão humilhantes e
seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado
por alguém, algumas vezes você tem que aprender
a perdoar a si mesmo.

Aprende que com a mesma severidade com que julga,
você será em algum momento condenado.

Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
(desconheço a autoria)

A Morte ...



"A morte é a mudança completa de casa
sem mudança essencial da pessoa".


(Chico Xavier)

Reflita...



"O bem que praticares,
em algum lugar,
é teu advogado em toda parte."


(Chico Xavier)

Pense


" Deus está em toda a natureza,
pois desperta em cada planta;
anda em cada animal;
pensa em cada homem
e ama em cada anjo."

O Tempo





O TEMPO...

É muito lento para os que esperam...
Muito rápido para os que têm medo...
Muito longo para os que lamentam...
Muito curto para os que festejam...
Mas, PARA OS QUE AMAM, O tempo
é uma eternidade...

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Abençoa




ABENÇOA
(Emmanuel)

Discernir – sim.

Condenar – não.

Ensinar – sim.

Impor – não.

Senhor Jesus!

Abençoa-nos para que a tua paz esteja conosco.

Dá-nos a força precisa para te aceitarmos os desígnios sempre sábios e justos.



Livro Agenda de Luz - Francisco Cândido Xavier

Para Renovar-nos



PARA RENOVAR-NOS
André Luiz



Não espere viver sem problemas,
de vez que problemas são ingredientes de evolução,
necessários ao caminho de todos.
Ante os próprios erros, não descambe para o desculpismo e
sim enfrente as conseqüências deles, a fim de retificar-se,
como quem aproveite pedras para construção mais sólida.
Não perca tempo e serenidade, perante as prováveis decepções da estrada,
porquanto aqueles que supõem decepcionar-lo estão decepcionando a si mesmos.
Reflita sempre antes de agir, a fim de que seus atos sejam conscientizados.
Não exija perfeição nos outros e nem mesmo em você,
mas procure melhorar-se quanto possível.
Simplifique seus hábitos.
Experimente humildade e silêncio, toda vez que a violência ou
a irritação apareçam em sua área.
Comunique seus obstáculos apenas aos corações amigos que se mostrem
capazes de auxiliar em seu beneficio com descrição e bondade.
Diante dos próprios conflitos, não tente beber ou dopar-se,
buscando fugir da própria mente, porque de toda ausência indébita
você voltará aos estragos ou necessidades que haja criado
no mundo íntimo, a fim de saná-los.
Lembre-se de que você é um espírito eterno e se você dispõe da paz
na consciência estará sempre inatingível a qualquer injúria ou perturbação.



Do livro Coragem. Psicografia de Francisco Cândido Xavier

Na hora da fadiga...



Quando o cansaço te procurar
no serviço do bem,reflete naqueles
irmãos que suspiram pelo mínimo
das facilidades que te enriquecem as mãos.

Pondera não apenas as
dificuldades dos que,ainda em
plenitude das forças físicas,se viram
acometidos por lesões cerebrais,mas
também no infortúnio dos que se acham
em processos obsessivos,vinculados
às trevas da deliquencia.

Observa não somente a tortura dos paralíticos,
reclusos em leito de provação,mas
igualmente a dor dos que não
souberam entender a função educativa
das lutas terrestres e caminham,
estrada afora de coração
enrijecido na indiferença.

Considera não apenas
o suplício dos que nascem em dolorosa
condição de idiotia, reclamando o
concurso alheio nas menores operações
da vida orgânica,mas também naqueles que,
no fastígio do conforto material,resvalam
em ateismo e vaidade,fugindo
deliberadamente às realidades do espirito.

Medita não somente na aflição dos
que foram acidentados em desastres
terríveis,mas igualmente na angústia
dos que foram atropelados pela
calúnia,tombando moralmente em
revolta e criminalidade,por não
saberem assimilar o benefício do sofrimento.

Quando a fadiga te
espreite na esfera da ação,pensa
naqueles companheiros,ilhados
em padecimentos do corpo e da
alma,a esperarem pelo auxílio,
ainda que ligeiro,de teu pensamento,
de tua palavra,de tua providencia,
de tuas mãos...

Se o desanimo te ameaça,
examina se o abatimento não
será unicamente anseio de repousar,
antes do tempo, e se te reconheces
conscientemente disposto de energias
para ser útil, não te confies a inércia
ou à lamentação.

Por pior que estejas,
pense naqueles que dariam tudo,
para estar em teu lugar.


( Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)

Quando



QUANDO,nas horas de íntimo desgosto,
o desalento te invadir a alma e as
lágrimas te aflorarem aos olhos Busca-Me :
eu sou Aquele que sabe sufocar-te o
pranto e estancar-te as lágrimas;

QUANDO te julgares incompreendido pelos
que te circundam e vires que em torno a
indiferença recrudesce,acerca-te de Mim:
eu sou a LUZ,sob cujos raios se aclaram
a pureza de tuas intenções
e a nobreza de teus sentimentos;

QUANDO se te extinguir o ânimo,as
vicissitudes da vida e te achares na
eminência de desfalecer,chama-Me:eu sou
a força capaz de remover-te as
pedras dos caminhos e sobrepor-te às
adversidades do mundo;

QUANDO, inclementes,te açoitarem os
vendavais da sorte e já não souberes
onde reclinar a cabeça,corre para junto
de Mim:eu sou o REFÚGIO,em cujo seio
encontrarás guarida para o teu corpo
e tranquilidade para o teu espírito;

QUANDO te faltar a calma,nos momentos
de maior aflição,e te julgares incapaz
de conservar a serenidade de espírito,
invoca-Me:eu sou a PACIENCIA que te faz
vencer os transes mais dolorosos e triunfar
nas situações mais difíceis;

QUANDO te abateres nos paroxismos da dor
e tiveres a alma ulcerada pelos abrolhos
dos caminhos,grita por Mim:eu sou o
BÁLSAMO que te cicatriza as chagas e te
minora os padecimentos;

QUANDO o mundo te iludir com suas promessas
falazes e perceberes que já ninguem pode
inspirar-te confiança,vem a Mim:eu sou a
SINCERIDADE,que sabe corresponder à fraqueza
de tuas atitudes e à exelsitude de teus ideais;

QUANDO a tristeza e a melancolia te povoarem o
coração e tudo te causar aborrecimento,clama
por Mim:eu sou a ALEGRIA,que te insufla um
alento novo e te faz conhecer os encantos de
teu mundo interior;

QUANDO, um a um,te fenecerem os ideais mais
belos e te sentires no auge do desespero,
apela para Mim:eu sou a ESPERANÇA,que te
robustece a fé e acalenta os sonhos;

QUANDO a impiedade se recusar a relevar-te
as faltas e experimentares a dureza do
coração humano,procura-Me: eu sou o PERDÃO,
que te eleva o ânimo e promove
a reabilitação de teu espírito;

QUANDO duvidares de tudo,até de tuas próprias
convicções,e o ceticismo te avassalar a alma,
recorre a Mim:eu sou a CRENÇA,que te inunda
de luz o entendimento e te reabilita para a
conquista da felicidade;

QUANDO já não aprovares a sublimidade de uma
afeição sincera e te desiludires do sentimento
de seu semelhante,aproxima-te de Mim:eu sou
a RENÚNCIA, que te ensina a olvidar a
ingratidão dos homens e a
esquecer a incompreensão do mundo;

QUANDO,enfim,quiseres saber quem Sou,
pergunta ao riacho que murmura e ao pássaro
que canta,à flor que desabrocha e à estrela
que cintila,ao moço que espera e ao velho
que recorda.Eu sou a dinâmica da Vida e a
harmonia da Natureza;chamo-me AMOR,o remédio
para todos os males que te atormentam o espírito.

Estende-Me,pois,a tua mão...alma filha de
minha alma que eu te conduzirei,numa sequencia
de êxtases e deslumbramentos,às serenas mansões
do infinito,sob a luz brilhante da ETERNIDADE.



(Rubens Romanelli)

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Meu querido Chico


Meu querido Chico
(João C. Bacurau)

Hoje, quando lia o jornal, deparei-me com uma matéria fazendo alusão aos dois anos da conquista do tão sonhado Pentacampeonato pela Seleção brasileira de futebol, e foi então, que por associação, lembrei-me que hoje, também faz dois anos da tua partida.

Grande foi o meu espanto, amigo (apesar de nunca ter conhecido Chico pessoalmente,mas conheci muito dele através das suas obras, o que sinto dar-me o direito de referir-me assim a ele ), ao constatar e não deixar de soltar aquela frase óbvia :- “Como o tempo passou....e eu nem percebi.....”

Confesso amigo, que o tempo passou mesmo e eu.... na verdade, Chico, passado o choque do impacto do teu desencarne, os dias foram normais, nem mais acinzentado, nem mais coloridos. Talvez, quem esteja lendo esta nossa íntima conversa, possa se espantar com isso, mas você não, amigo. Sensitivo como sempre fostes aqui na terra, certamente enxerga-nos mais além agora na espiritualidade. Sabes que em nenhum momento tu nos deixaste desamparados, ou órfão da tua companhia e amor.Além da tua vibração constante pelos irmãos (nós todos) que ficamos, temos a tua presença meiga e carinhosa representada pela vasta obra que ajudaste a chegar até nós. Quando leio uma obra psicografada por ti, amigo, é impossível não lembrar do querido irmão, do seu sacrifício e da sua resignação constante aos prazeres da vida, pelo trabalho árduo e sacrificante para um corpo tão frágil e debilitado, servir de intermediário às palavras e ensinamentos tão úteis, complementando muito o nosso aprendizado. Se a obra é mensagens, ao ler, ouço bem claro a sua voz serena a declamar cada verso ou cada pensamento, cutucando sutilmente a nossa consciência relembrando os nossos compromissos assumidos pelo burilamento do espírito e a prática da caridade verdadeira, aquela, que tão bem, Paulo nos explicou e que Jesus exemplificou.Se a obra é um romance, ao ler, é impossível não sentir nas palavras a leveza do espírito, sutil e iluminado, que através de histórias, nos traduz uma gama de ensinamentos, contidos nos livros da codificação. Somente um espírito tão belo e determinado, conseguiria transmitir de forma tão autêntica a pureza das comunicações sem colocar, não de forma consciente e proposital, opiniões próprias que poderiam macular as idéias originais passadas.

O que dizer então das milhares psicografias de mensagens testemunhais de espíritos a consolar corações de mães e pais aflitos por separações drásticas e repentinas, incompreendidas no campo da matéria, mas santificadas no campo espiritual, e quando lidas por nós, outrem, que nada temos de ligação com aquelas situações, emocionando nos às lágrimas, com o acalanto e o bálsamo das palavras a curar chagas tão dolorosas e sentidas naqueles corações....

Foi assim, querido amigo, que os anos se passaram, desde aqueles últimos momentos seus na materialidade, que enquanto levantávamos os braços ao alto para comemorar um gol, tu levantavas os teus em sinal de graças por uma vida bem aproveitada.

Portando querido Chico, como poderia sentir a tua falta, se percebi que nestes dois anos, estive lendo sempre alguma obra que tu intermediaste, e assim, sentindo sempre a tua presença amiga, não só junto a mim, mas junto de toda a humanidade que você sempre amou e sempre amará....

Que Deus te abençoe cada vez mais, Chico, e que estejas sempre vivo dentro de nós....

Do amigo João C. Bacurau

Escrito em 30/06/2004